sábado, 25 de outubro de 2014



                 

            "Fugi do sonho ...para saber de ti"

Havia um conluio confuso
Na esconsa sacada do sonho
O vento sibilino acariciava despudorada
E sôfregamente a incorpórea textura da noite 
Escura...

Sentia que o sonho se abria
Por dúbios caminhos, veredas de espinhos 
Que não me aportavam de todo
Ao cúmplice espaço tempo
Da nossa desbragada
Loucura...

Sabia que o tempo
Se alimentava das almas
Que o destino se empanturrava
De olhos,de gritos roucos e de espasmos
Torrenciais,de desabridas cadências 
Sábia e oficialmente
Impuras...

Não vou voltar ao sonho
Vou-me banhar nas nascentes
Rebolar nos pastos fartos, idílicos,
No ímpio paraíso que enfim transcrevo
Te algemei,quero-te,exigo-te aqui, agora
Tão real e deslumbrante,gravada na minha pele 
Te aguardo aqui amor e te aperto a mão com força.
Seguras?